O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, nesta quinta-feira, que vai manter as qualificadoras na denúncia contra o médico Leandro Boldrini, acusado de envolvimento na morte do filho Bernardo, em abril de 2014. A defesa do réu havia pedido o afastamento de duas qualificadoras (motivo torpe e crime praticado mediante recompensa financeira).
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De acordo com um dos advogados de Boldrini, Rodrigo Grecelle Vares, o pedido ao STJ foi feito após a defesa ter recebido um voto favorável no Tribunal de Justiça. O médico responde pelo assassinato do filho junto com a madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, a amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, e o irmão dela, Evandro Wirganovicz.
– Um dos desembargadores havia reconhecido o pedido e, por isso, recorremos aos tribunais superiores. A decisão foi nesse sentido, para discutir, antes do júri, se essas questões processuais seriam mantidas – explicou o advogado.

Agora, o processo deve ser remetido a Três Passos para que sejam feitos os devidos encaminhamentos do caso. A Justiça já havia decidido que os quatro réus iriam a júri popular pelo assassinato do menino.
Bernardo desapareceu em 4 de abril de 2014, em Três Passos, e o corpo foi encontrado 10 dias depois, a 80 quilômetros de casa, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens de um rio.
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Edelvânia, amiga de Graciele, admitiu o crime e apontou o local onde a criança foi enterrada. Foi identificada, pela perícia, presença do medicamento Midazolam (sedativo) no estômago, rins e fígado da vítima. Os quatro réus estão presos preventivamente aguardando julgamento.